terça-feira, 29 de setembro de 2009

A incompatibilidade do "gospel" com a pregação da palavra


Parte da igreja evangélica brasileira trocou a centralidade da Palavra de Deus pela chamada música gospel. Lembro que houve uma ocasião em que fui convidado para pregar em um congresso numa cidade próxima a minha. Como sou extremamente pontual, cheguei à igreja na hora marcada. O culto começou exatamente no horário combinado, dando a impressão de que teríamos uma noite especial. No entanto, o que eu não imaginava era de que aquela noite seria marcada as mais variadas apresentações musicais. Depois de quase duas horas de reunião, onde duetos, corais, bandas e grupos de coreografia se apresentaram o pastor movido por uma aparente espiritualidade me concedeu 10 minutos para a homília, afirmando, que o que Deus tinha que fazer, Ele já tinha feito.

Pois é, infelizmente essa é a realidade de muitas comunidades cristãs deste país, onde muito se canta e pouco se estuda. Ao contrário dos adeptos do gospel tupiniquim, para os Puritanos a pregação era de extrema importância. Para eles, o sermão era o clímax litúrgico do culto público. “Pregação sob quaisquer circunstâncias, é um ato de adoração”. Nada, eles diziam, honra mais a Deus do que uma fiel declaração e um obediente ouvir de Sua verdade. Os Puritanos também diziam que a pregação é a exposição da Palavra de Deus. Eles costumavam afirmar que na fiel pregação, o próprio Deus está pregando, e que se um homem está fazendo uma verdadeira exposição das Escrituras, Deus está falando, pois é a Palavra de Deus, e não a palavra do homem...Os Puritanos também asseveravam que o sermão é mais importante que as ordenanças ou quaisquer cerimônias. Eles alegavam que ele é um ato de culto semelhante à eucaristia, e mais central no serviço da Igreja.

Isto posto, afirmo que um dos motivos da igreja brasileira encontrar-se perdida em tantos conceitos espúrios se deve ao fato de termos abandonado a exposição e pregação da Palavra. Na verdade, o problema foi que trocamos a Bíblia pela baqueta, deixando de lado o estudo e a reflexão das Escrituras Sagradas. Para piorar a coisa, os dias de hoje estão repletos de pessoas, que fundamentados numa exegese equivocada propagam conceitos absolutamente antagônicos a Palavra de Deus. Tais indivíduos, movidos por uma devocionalidade esquizofrênica afirmam que a letra mata, que a teologia engessa a fé e que o Espírito é livre para fazer o que quiser. Para estes o que importa é a espontaneidade e qualquer ênfase que se dê a reflexão impedirá a manifestação daquilo que chamam de avivamento.

Caro leitor, a música não pode ser a ênfase principal de nossos encontros. Ainda que saibamos que devemos louvar a Deus na grande Congregação, é indispensável que compreendamos que ouvir PALAVRA DO SENHOR é o que definitivamente importa.

Fonte: Renato Vargens, via Bereianos

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sede agradecidos



"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco".
(1Ts 5:18)

Dai graças. A ingratidão a Deus é a marca do homem caído. Sua natureza corrompida pelo pecado o impede de reconhecer que o sol e a chuva, a vida e o ar que respira, a saúde e a força de trabalho são dádivas de Deus, pelas quais deveria viver agradecido. Mesmo quando prospera mais que os filhos de Deus, não vê nisso o favor divino, e por isso não o glorifica.

O mais triste, porém, é que muitos crentes revelam essa mesma atitude de ingratidão. Passivamente, não agradecem a Deus por todas as bênçãos com as quais Ele os tem cumulado, e até distinguido dos ímpios. Vivem como se tudo o que tem fosse resultado de conquista pessoal. E ativamente murmuram e reclamam dos eventuais reveses que enfrentam. Mesmo sendo seus maus momentos passageiros e para seu bem, assumem uma atitude de injustiçados diante do seu Senhor, como se merecessem o que lhes falta. Mas o mandamento do Senhor é "sejam agradecidos".

Em tudo. Outra falha na atitude dos crentes consiste em atribuir a Deus o bem que experimentam e culpar o Diabo por qualquer vento contrário. Isto mostra mais que ingratidão, revela desconhecimento do controle providencial de Deus sobre todas as coisas, fazendo com que tudo concorra para o bem daqueles que amam a Deus. Não precisamos dar graça por tudo, pois algumas coisas são realmente ruins, e seríamos hipócritas diante de Deus se não disséssemos que está doendo. Porém, devemos dar graças em tudo, vale dizer, em qualquer situação, pois mesmo naquilo que realmente é maligno o Senhor está transformando-o em um bem maior para os Seus filhos, visando sua glória.

É a vontade de Deus. Pelo fato de Deus controlar todas as coisas para Sua glória e para nosso bem, Sua vontade é que aprendamos a viver contentes, em toda e qualquer situação. Nosso contentamento, expresso em atitude e palavras, demonstra nossa submissão à vontade divina e nossa gratidão em tudo. A vontade de Deus, pois, não é que vivamos ambicionando e numa busca cosntante de coisas melhores, mas que sejamos agradecidos com o que temos, sabendo que na fartura ou na privação, Deus cuida de nós.

Em Cristo Jesus para convosco. Todas as bênçãos que experimentamos chegam a nós por meio de Jesus. Por isso, a vontade de Deus que demos graças a ele por tudo, também é em Cristo Jesus. Assim, o crente que está em Cristo, deve viver em Cristo, e nEle ser grato ao Pai. Finalmente, devemos considerar que este mandamento é para nós, crentes dos dias de hoje. A vontade de Deus é para conosco. Aprendamos a viver sóbrios e satisfeitos em tudo, dando sempre graças ao Pai.

Soli Deo Gloria

Fonte: Cinco Solas

Sexo, drogas e rave!


Confesso que tenho andado extremamente preocupado com o comportamento dos jovens em nossa sociedade. De fato, é absolutamente perceptível observarmos que a juventude brasileira, encontra-se completamente desorientada. Isto se percebe claramente nas relações familiares, afetivas e pessoais, onde valores outrora absolutos, em virtude da pós-modernidade que nos envolve, foram definitivamente relativizados. Na verdade, ouso afirmar que vivemos uma significativa crise, a qual poderá nos levar a um sério conflito social nos próximos anos.

Acredito que boa parte da sociedade brasileira esteja inquieta com inúmeras noticias e reportagens sobre as denominadas festas RAVE. Infelizmente a cada semana surgem nos meios de comunicação notícias que jovens morreram em festas deste tipo. A definição de uma festa Rave é bem ampla, pois vai desde um local mais afastado (zonas rurais, sítios, ilhas, etc.) a locais mais exóticos (fabricas abandonadas, galpões, cais do porto, etc.), tocando diversos tipos de músicas (eletônica, dance, rock, etc.), reunindo sempre muita gente e com um horário de início/final bem extenso.O evento em questão tem por objetivo reunir centenas de jovens os quais, movidos por drogas sintéticas e álcool dançam sem parar por horas a fio. Junta-se a isso, o fato de que a promiscuidade sexual, se faz presente no festejo levando os nossos jovens a possibilidade concreta de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

Isto posto, creio que a Igreja de Cristo precisa URGENTEMENTE posicionar-se diante do caos que se encontra a sociedade brasileira. Somos e fomos chamados para sermos o “Sal desta terra e a Luz deste mundo”. Na verdade, tanto a figura do sal quanto a da luz pressupõem a idéia de envolvimento com a realidade. O sal não pode dar sabor se não se misturar ao alimento. De modo semelhante, a luz não pode iluminar se não emitir seus raios pelo ambiente, a fim de clareá-la.

Jesus veio para salvar os pecadores. Cabe à Igreja fazer chegar essa salvação aos perdidos, o que nos leva a entender de forma explicita de que a igreja deve ser a igreja do caminho e não do balcão. Ela não pode permanecer como espectadora da história: tem de descer para onde se travam as lutas reais dos homens anunciando-lhes através de Cristo, valores incorruptíveis que aplicados em nossa vida e sociedade, promoverão o resgate de uma vida mais saudável e feliz.

Por Renato Vargens

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ao líder do ministério de louvor.


Por Jonara

Querido(a) “responsável pelo grupo de louvor” tem sido muito triste o rumo que os “grupos de louvores” tem tomado.
Escolhem as vezes letras sem nexo porque está na moda, ou o cantor é famoso, ou o ritmo é gostoso, etc., mas nunca leem a letra e dão prioridade ao que ela ensina.

Eu aconselho em primeiro lugar, averiguar a letra. Verifique se o conteúdo é bíblico, se realmente tem fundamento cantar “aquelas palavras” ao Senhor, ainda que seja um ritmo legal ou um cantor (a) famozérrimo..
Depois, assegure-se se o grupo vive isso. Creio que a adoração em louvor, deva partir primeiramente do grupo, assim como a pregação ao pregador.
Muitos “criticam” os pregadores que não vivem o que pregam, mas não se preocupam em viver o que cantam.

Se o grupo vive discordias e/ou intrigas, fica dificil querer levar à igreja entrar nos átrios do Senhor com hinos.
Sou totalmente à favor de que, os “grupos de louvor” reunam-se além dos ensaios e tenham momentos de discontração, oração, ensinamentos, adoração e louvor.
Precisam estar em harmonia pra depois transpassar harmonia.

Atualmente, preocupa-se muito em sucesso e profissionalismo, e até concordo que tem sido uma geração de “grupos” extremamente profissionais, musicos e musicistas excelentes, mas adoradores ausentes.

Vale a pena averiguar, analisar tudo à luz da palavra de Deus, e exaltar mais à Deus e menos o homem e lembre-se: o “grupo de louvor” é responsável assim como o pregador, por tudo o que a igreja ingere e Deus ainda busca verdadeiros adoradores. Que o adorem em espírito e em verdade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre minha fé abalável



Por Leonardo Gonçalves


Hoje vi alguém afirmar que "o cristianismo é uma aposta sem riscos". Não sei quem é o autor desta frase, mas sei que a visão do cristianismo como uma aposta remonta ao filósofo Blaise Pascal. Partindo da premissa de que é impossível “provar” que Deus existe, Pascal conclui que, de um jeito ou de outro, todos nós jogamos dados com Deus, mesmo ele não jogando dados com o Universo.

Impossível não concordar com Pascal. Infelizmente (ou não), ser cristão é uma aposta. E não só uma aposta, mas um penhor: Você entrega sua vida aqui, para receber algo melhor no além.

É ainda um salto no escuro, como disse Kierkgaard. Nos aventuramos a seguir um Deus que não vemos, e a prova da sua existência e da nossa esperança se reduz em fé (Hb 11.1).

Houve um tempo em que eu pregava um cristianismo acima de qualquer dúvida. Debatia com ateus, explorava os argumentos de Anselmo e Aquino, dissecava livros do Geisler e do Craig, e assim vendia a idéia de um cristianismo acima de qualquer suspeita. Eu era tolo e não sabia...

Hoje, alguns anos mais tarde, descobri que a dúvida é parte de um "pacote" chamado cristianismo. Há lacunas em nosso conhecimento que jamais serão preenchidas. Seguir a Cristo é apostar que tudo o que Ele disse é verdade.

As almas sinceras hão de admitir: Não temos todas as respostas, embora tenhamos respostas suficientes. Não possuímos toda a fé, embora Cristo nos aperfeiçoe na fraqueza. Não sabemos tudo sobre Deus, mas cremos que ele sabe tudo sobre nós.

As vezes me pergunto: Onde foi que eu andei este tempo todo? E a resposta que encontro é a mesma: Longe, muito longe do Senhor. Com a cabeça cheia de argumentos, mas com o coração oco. Mas eu tinha certezas! Agora, ao contrário daqueles dias, tenho muitas dúvidas. Não entendo porque tem tanta gente boa se arrebentando, se machucando; e tanto hipócrita se dando bem.

Os versos assimétricos do poeta Renato parecem refletir a verdade com uma força indizível: "É tão estranho... Os bons morrem jovens. Assim parece ser." Quem é bom quase sempre se dá mau. O mundo é injusto as vezes, e eu não sei porquê.

Porém, apesar de todo esse existencialismo, das repentinas (e passageiras) incertezas, eu nunca me senti tão perto de Deus! É um paradoxo, eu sei, mas tal como as trevas evidenciam a luz por contraste, também a fé se fortalece na dúvida. E eu poderia te dizer qualquer outra coisa, mas isso não seria sincero. Poranto, o que digo é: Você deve crer em Deus, mesmo em face deste mundo injusto, e confiar na Palavra dele de que um dia a justiça reinará.

Minhas dúvidas nunca acabam. Ontem duvidei, por um instante desesperador chorei. Eu quis entender e não pude (e talvez jamais possa). "Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos".

Mas há um fato irrefutável. Deus me deu uma certeza que nenhum manual de doutrina cristã pode dar. É quando "O Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". Ah... certeza insofismável! Em um instante a nuvem escura se dissipa e a paz novamente reina (ainda que momentânea). "Paz... paz... Cuán dulce paz!"


"E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade."

sábado, 12 de setembro de 2009

A vocação de João Batista


*Toda mãe e pai têm um sonho: Ver seu filho formado em uma boa faculdade; com um bom emprego; bem casado;
*Mas Deus tem um propósito específico para cada um de nós. Uma VOCAÇÃO!
*Enquanto o bacana era ter filhos bem sucedidos, Isabel teve um filho que foi “grande para Deus”, mas desprezado pelos homens.
*Nossa missão também inclui isso às vezes, o desprezo dos homens. Mas sempre que você for desprezado pelos homens, lembrem-se vocês estão sendo grandes pra Deus!
*Muitas vezes nos julgam pela nossa aparência, querem que sejamos como o mundo é, mas nós temos vestes espirituais que nos diferem deles.

*João Batista nunca foi um modelo de beleza e razão. Ele era guiado pelo Espírito Santo.
*Sua mãe o teve, o viu crescer, comendo gafanhotos com mel, vestindo peles, indo pro deserto e depois disso tudo ainda foi lançado decapitado em frente de sua mãe.

 Ao invés de hambúrguer - gafanhotos com mel
 Ao invés de roupa da moda – pele de animais
 Ao invés de ir ao rock’n rio – Deserto

*E depois disso disseram a sua mãe: Aqui está o corpo de seu filho João, mas a cabeça dele nós não trouxemos porque ela serviu de opróbrio e escárnio no castelo de Herodes.

*Antes de sua morte, João ainda denunciou Herodes dentro de seu próprio covil. (Marcos 6:18)
*A obra que Deus tem na sua vida o homem não pode parar, a morte não pode parar, nem mesmo o diabo pode parar.

*João foi diferente no meio daquele povo! Seja diferente no meio desse povo perdido.

E no mais, tudo na mais santa paz!

Fonte: Blog do Marcio de Souza